sexta-feira, agosto 31, 2007

Juventude Alexandre

Esqueçam a Madeleine que anda algures a servir de acepipe a respeitáveis homens de família escandinavos. Esqueçam as fogueiritas na Grécia, que se fosse eu aproveitava era para assar umas chouricitas. Esqueçam até o pobre Pepe, que se lesionou na coxa, e não vai poder jogar na Selecção (notícia que por si só já ofusca as duas anteriores).

A verdadeira tragédia aconteceu hoje, em minha casa.

Acordo para o mundo, naquele que parece ser mais um dia normal. Mas não o é.
Estou eu calmamente a pentear-me, usando a minha cera ultra cara, (que alguém me disse que custava apenas 8 euros, quando na verdade me custou 15 (não é Gala?)), quando reparo na catástrofe. EU TENHO UM CABELO BRANCO! É verdade! O meu primeiro cabelo branco.
Num instante a minha vida passou em flashback (ou flashforward, uma vez que o que vi foi o futuro): impotência sexual, vontade de mijar 50 vezes por noite, cancro da próstata, filhos adolescentes que exigem dinheiro para tatuagens, bordéis rançosos, putas baratas, vinho tinto de marca branca e SG ventil.
Sim, o meu futuro não me pareceu grande merda. Mas é um cabelo branco muito grande!

(agora decifrem lá o título do post! Pago umas cervejas ao gajo que me decifrar esta merda!)

segunda-feira, agosto 27, 2007

Burn motherfucker, burn

«O primeiro ministro grego, Costas Karamanlis, declarou hoje o estado de emergência em todo o país devido aos múltiplos incêndios florestais que, segundo um balanço provisório, já fizeram 44 mortos.
Numa mensagem ao país, Karamanlis explicou que a decisão foi tomada «para permitir a mobilização de todos os meios e de todas as forças para parar o mal (...) e começar a reparar o que foi destruído».
Qualificando os incêndios florestais de «tragédia nacional», o primeiro-ministro grego anunciou uma série de medidas imediatas, entre as quais ajudas financeiras e alojamento para as populações afectadas.
»

Ora cá está! Ai esses cabrões dos Gregos achavam que nos deixavam sozinhos na cauda da Europa?
Aqui o Robene, que nunca engoliu bem a ideia dos Gregos estarem economicamente acima de Portugal, decidiu voar até à Grécia e entre umas saídas nocturnas com a Irina Papanikolaus e a Zradva Politopaulos, teve tempo para começar uns fogos nos arredores de Atenas.
Faço tudo para que Portugal suba no escalão da UE.

segunda-feira, agosto 20, 2007

Hora Coca Cola

Quando eu entrei para a faculdade (há coisa de milénios) havia uma coisa que eu bebia (ainda) mais do que cerveja.
Era Coca Cola.
Digamos que nesse saudoso ano de 2001 a Coca Cola lançou uma promoção. Juntavas não sei quantos rótulos e ganhavas prémios. E lá estava aquilo com que eu sempre sonhara: um Puff! Melhor ainda, um Puff Coca Cola. Só tinha de juntar 850 rótulos. Sim, leram bem, 850.
Comecei a beber Coca Cola descontroladamente. No início eram só uma ou duas. Depois começaram a ser 4 ou 5. Passados dois dias comecei a beber 2 garrafas de litro e meio de Coca Cola por dia.
Comecei a dar por mim a olhar para outras mesas nos cafés à procura de rótulos. Quando as pessoas se iam embora, eu corria avidamente para as mesas e roubava os rótulos.
Começou também uma espécie de movimento de ajuda ao Robene. Uma vez, o Gonçalo trouxe-me 20 rótulos que uma amiga da irmã dele tinha sacado de um casamento de um primo afastado. E eu continuava cada vez mais descontrolado: Bebia Coca Cola a toda a hora, lavava os dentes com Coca Cola, comia os cereias com Coca Cola, só pensava em Coca Cola e no meu belo Puff.
Até que um dia acordei com uma dor forte nas costas. Ok, não era forte. Era MUITO forte. Corri para as urgências onde me diagnosticaram...uma PEDRA NOS RINS! Sim, à custa de tanta Cola ganhei uma pedra nos rins, coisa que a maioria das pessoas só tem para aí aos cinquenta anos. Lá andava o Robene com botijas de água quente atrás para aliviar as dores, e a enfardar Tramadol como se fossem tic-tacs.
Mas por fim, o dia tão esperado...O meu puff havia chegado.
O puff, que no anúncio televisivo parecia do tamanho de uma cama king size, era afinal uma merda que conseguia albergar no mínimo uma pigmeu raquítico. Ainda tentei reclamar com a Coca Cola e obrigá-los a pagar os meus medicamentos, mas os gajos nunca me deram resposta.
O puff ainda está no meu quarto. De cada vez que olho para ele, até me dá uma dorzinha nas costas.


(Hoje no drive do Mac:
Empregada: Quer Coca Cola zero no seu menu?
Eu: Qual é a diferença?
Empregada: A Coca Cola zero tem todo o sabor da Coca Cola normal, mas não tem açúcar.
Eu: Pensava que isso era a Coca Cola Light. Qual é a diferença?
Empregada: A Coca Cola Zero tem todo o sabor da Coca Cola normal, mas não tem açúcar.)

Algo se passa...

de errado na minha vida, quando ligo sábado de manhã à minha mãe e ela está a dormir, enquanto eu estou a ir para o trabalho.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Condução defensiva

Para aqueles que me insultaram na auto estrada no último fim de semana, por ir APENAS a 100 km/hr, aqui fica a minha terrível experiência de vida automóvel...

O meu instrutor de condução era um armário venezuelano chamado Juan Carlos (querem mais cliché?) que se estava a cagar se eu atropelava velhas amorosas em passadeiras, desde que não lhe fodesse a fronha latino-americana. As minhas aulas de condução foram verdadeiras anedotas que me fizeram tornar no Mika do automobilismo (só pode ser uma mulher que está a cantar/conduzir. Não, afinal é um homem). Senão vejam lá:

Situação nº 1, aula nº 3:
Robene (já de si afectado por ter de dizer o nome Juan, em sotaque espanhol): Juan, estamos numa subida. Como é que eu faço o ponto de embraiagem?
Juan (olhando para uma loura na rua): Ahhhhh, isso é muy fácil. Carregas no acelerador e embraiagem al mismo tiempo. E equilibrias todo.

Situação nº2, aula 9:
Juan: Vas a hacer el contorno de passeio em marcha atrás. jo voy hacer um telefonema muy importante.
(1 minuto depois)
Robene: Juan, Juan, socorro. Estou quase a mandar o carro desta ribanceira abaixo!

Situação nº 3, aula 25:
(rádio na RFM. Começa a passar Alejandro Sanz)
Juan: AIIIIII madre mia, jo adoro esta música. (altos berros) E SE TU TE VAS TES EMOCIONES, QUIM MI VAI CURAR EL CORAZON PARTIO?????!!!!


E sim, chumbei na condução a primeira vez.

Diga lá outra vez?

Tenho andado muito triste porque com o meu horário de trabalho já não consigo apanhar os morangos com açúcar na televisão. Já não sei o que hei-de vestir, como me hei-de pentear nem quais as expressões buédafixes que a juventude usa agora (isto obviamente tem-me dificultado o engate de jovens de 15 anos, que por alturas de Agosto pululam pela noite).

No entanto apanhei uma entrevista muito curiosa de uma jovem actora (ahah get it?) dos morangos:
Entrevistador: Como caracteriza a sua personagem?
Jovem actora: É uma personagem meiga, lutadora, bondosa, que se interessa muito pelos outros.
Entrevistador: Foi difícil entrar na pele da sua personagem?
Jovem actora: Sim, porque ela não tem nada a ver comigo.

E quem diz a verdade não merece castigo.

terça-feira, agosto 14, 2007

É impressão minha...

ou Albufeira é um verdadeiro resort de quengas?

sábado, agosto 04, 2007

Disfarça

Quinta Feira: Balde gigante de pipocas+tremoços+amendoins+cerveja

Sexta Feira: Incrível crise de gases. Robene dirige-se discretamente para o laboratório da farmácia onde inicia uma descompressão deliciosa (entenda-se peida-se à fartazana). Robene sente passos na sua direcção. Inteligentemente pega numa caixa de cristais de mentol e abre-a.

Drº XPTO: Hummm, que cheiro é este?
Robene: Hehe (risinho suado), cheiro? Não estou a sentir nada.
Drº XPTO: Ah, é mentol (inspiração profunda). Adoro este cheiro.

Os velhos

Sábado, nove da manhã. Saio de mais um fantástico serviço nocturno da farmácia. Reparo num estranho fenómeno. As ruas estão cheias de velhos. E não falo de um velho aqui e ali, falo de centenas, talvez mesmo milhares de velhos que impedem a minha chegada a casa. Eles atravessam-se nas passadeiras, eles mudam de faixa sem assinalarem piscas, eles tentam furar-me os pneus com muletas afiadas nas pontas.
Tenho uma teoria: Os velhos aperceberam-se que já não lhes resta muito tempo, por isso decidem aproveitar a escassa vida que lhes resta, acordando com as galinhas e dificultando a vida a pobre gente trabalhadora como eu.
Não sei porquê, mas todo este cenário me lembra «Os pássaros» do Hitchock. Eu se fosse a vocês começava a ter cuidadinho.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Programa cultural

É isto que acontece quando tento dar uma de intelectualmente culto:

-Teatro experimental: Paguei 5 euros. A peça chamava-se qualquer coisa como «horas à esquerda» ou «duas horas da esquerda» ou uma merda assim. Consistia numa gaja de joelhos, a percorrer o palco e a gritar «Onde? Oh onde anda o meu príncipe encantado?». Suponho que andava à procura do príncipe para lhe fazer um broche, senão podia muito bem ter poupado os joelhos. Ao fim de 5 minutos estava cá fora a fumar um cigarro.

-Teatro Universitário: Lembro-me de a Mia me ter convidado a ir ver a sua peça, no mesmo dia em que eu tinha combinado um jantar de curso. Saí do jantar de curso e fui directo para o teatro. Bebâdo. Terrivelmente bebâdo. Quando vejo a Mia a entrar em palco tento acenar e faço mil e uma fosquetas para lhe chamar a atenção. Ela olha para mim de forma lancinante, como que a dizer «Caralho, tá mas é quietinho». Passada meia hora o Gonçalo, que gentilmente acedeu a ir comigo, pergunta ao ponto quanto é que aquilo ainda dura. Nenhum de nós percebeu nada da peça e ainda nos perguntamos como é que não vomitámos o teatro todo.

-Bailado: Sim, é verdade. O bailado dos cisnes. 20 euros para ver homens de lycra aos pulinhos e gajas com 20 quilos em pontas de pés. E aquela merda durou mais de 2 horas.

-Lost in translation: «Oh, o filme do ano!!!», «Ai, este filme mudou a minha vida!». Quando a Sofia Coppola recebeu o Oscar pelo argumento referiu que tinha bloqueado na página 12 do script. Alguém me explica como é que aquela bosta de filme tem tantas páginas de argumento?