segunda-feira, março 26, 2012

Votem no Robene

Parece que anda aí um concurso para se eleger o BILF (Blogger i'd love to fuck). Não sou eu que o digo, que não sou gajo de fazer auto-propaganda, mas uma mui benemérita leitora do blogue alertou-me para o caso. Sugeria que fossem lá eleger-me a blogger mais sexy do ano, prémio que obviamente falta no meu palmarés. Se tiverem dúvidas podem ligar para o clube nocturno Afrodite ou para a pensão As Camélias para obterem referências mais que abonatórias sobre o meu instrumento. De escrita.

http://quadripolaridades2.blogspot.pt/2012/03/bilf-212-let-game-begin.html

sexta-feira, março 23, 2012

Doppelganger

Aparentemente cada um de nós tem uma sósia no mundo. Eu parece que tenho várias.
Já fui confundido com um Nuno de Filosofia, um João Paulo que trabalhava numa loja de roupa e até com um primo de alguém que me interpelou na secção de iogurtes do Continente.
Mas ultimamente o caso tem tomado proporções épicas...

Caso #1:
Robene a comprar tabaco nas bombas: Um maço de Camel ó fachabor.
Empregado: É para já Pedro!
Robene: Hum...Eu não...bem...quero lá saber.

Caso #2
Robene no café: Um café ó fachabor.
Empregado: 'Tás bom Pedro?
Robene: Mas eu não...quem é o Pedro?
Empregado: Mas...ah ah...sempre a brincar Pedro! (e baza)

Existe portanto um Pedro à solta em Coimbra que é igual a mim. Aparentemente fuma a mesma marca de tabaco que eu e toma café no mesmo sítio. E é um brincalhão. Deve ser um naco de homem obviamente. O mistério adensa-se até que...

Caso #3
Robene no gabinete em árduas pesquisas...
Entra o amigo D., a arfar...
D. (coração aos saltos, voz a tremer): Robene, fui tomar café à associação e o gajo que anda a servir finos é IGUAL a ti!!!
Robene: Hum?
D.: Juro! Chama-se Pedro!

Obviamente que largámos a importantíssima pesquisa e voámos para a associação. Eu de óculos escuros e gola do pólo para cima não fosse eu descobrir o meu gémeo perdido do qual os meus pais abdicaram quando perceberam que eu era o gémeo dominante e que não precisavam de outro igual a mim para nada.
E por fim apareceu o jovem Pedro: baixote, com pouco cabelo, um bocado pançudo e ar meio alucinado.
Primeiro penso que devo estar confundido, mas depois olho para o D. que me abre os olhos como que a dizer: Vês? É a tua cara chapada!

Saí da associação com vontade de chorar.

quarta-feira, março 21, 2012

Tudo para o face

Para quem não sabe há uma página de fãs do xarope-pa-tosse no facebook. Não sei quem é a pessoa responsável por esta maravilha cibernética, mas na minha cabeça é um cruzamento da Megan Fox com um engenheiro informático, sendo que as características da Megan Fox se sobrepõem a tudo o resto. Seja como for deviam lá dar um salto, fazer vários likes e dar um obrigado por esta extensão maravilhosa do Xarope!

quinta-feira, março 15, 2012

Velocidade furiosa

O G. e a J., em honra ao seu recente noivado foram saltar de pára-quedas. Poderiam ter optado por um jantar romântico ou uma viagem especial mas decidiram que a melhor forma de festejar o compromisso para a vida era tentar morrer de forma dolorosa e com várias hemorragias internas.
Claro que o Robene foi ver o salto, sedento de gritos e quem sabe, uma perna partida ou ossos expostos. Eu próprio saltaria de avião. Se tivesse um cancro terminal, com dois dias de vida.
Chegamos ao sítio do salto, o G. com um grande sorriso, a J. á procura do minimercado mais perto para comprar fraldas. Eu obrigo o G. a assinar um papel em como fico com o sistema home-cinema dele caso alguma coisa corra mal.
Antes de saltarem, estão já uns quantos mafarrecos a saltar. A determinada altura vemos um pára-quedas a cair vertiginosamente, todo enrolado. O páraquedista parece ter perdido o controlo. Eu rio-me e bato palmas, à medida que a multidão acorre em massa soltando urros de preocupação. Afinal de contas o que estava a cair era o pára-quedas de segurança. Bastante desiludido volto a concentrar a minha atenção no G. e na J. que estão a receber as instruções para o salto, que basicamente consistem em enrolar as pernas no gajo que salta com eles e simular uma cena de sexo anal. «Mete as pernas por dentro das minhas, e coloca os braços ao lado da cabeça. Depois relaxa». Hum...eu próprio já disse esta frase várias vezes, noutros contextos.
Quanto ao salto em si não há muito a dizer: fiquei com um torcicolo de tanto olhar para cima e a determinada altura quando percebi que nada de excitante ia acontecer fui tomar café e fumar cigarros.
Quando tocaram no solo, o G. e a J. foram-se abraçar e beijar, numa cena melodramática que me fez questionar porque raio tinha acordado às 7 da manhã para vir ver duas pessoas a saltar de pára-quedas. Ainda pensei que pudessem estar tontos do salto, e que houvesse uma queda chocante com os dentes no chão, mas nada...

Sugeri já um fim de semana de Arboring. Vou levar umas facas e sabotar algumas cordas.

segunda-feira, março 05, 2012

Filas

Adoro o povo português. Somos complacentes para com os nossos políticos corruptos, discretos na altura de cortes de subsídios de férias e não nos importamos que nos tirem um ou outro feriado.
O que somos é incapazes de formar uma fila indiana.
E é aí que o lado animalesco dos tugas se revela na sua plenitude.
Vou no outro a um convívio académico. Coisa que na minha idade (29, já agora leitores desnaturados, nem uns parabéns) é um sério risco à saúde da minha bacia. Quando chego à porta, eu e outro dois ilustres doutorandos de 20 e muitos, deparamo-nos com um magote de gente às cotoveladas. Com uma atitude claramente distinta do resto da plebe, colocamo-nos de lado, por certo à espera de que a multidão de barba mal semeada reparasse no ar distinto de três jovens já quase a chegar aos trinta. Mas nada. Claramente precisávamos de nos imiscuir na multidão semi-bebâda.
Eu mando duas paralíticas ao gajo da frente, que se queda perante tal violência. Uma gaja ainda me berra aos ouvidos: «porco do caralho, eu estou aqui há duas horas», mas eu enfio-lhe uma cabeçada na testa e continuo a minha caminhada gloriosa pelo meio da multidão. Infelizmente a meio deparo-me com dois amigos que creio concorrentes da próxima Casa dos Segredos, e perante a evidência anabólica da coisa, prefiro ficar quietinho. Tratei há pouco tempo dos dentes, não quero correr o risco que me saia o chumbo dos molares à estalada. Mais pessoas continuam a chegar e metem-se pelos meios, chamam amigos, creio até ter visto alguém em crowd surfing para se chegar mais à frente.
A multidão mexe-se, contorce-se, mas ninguém entra. Atrás de mim, o Capitão Óbvio grita: Ninguém está a entrar!!
E como se isto fosse um grito de guerra, as pessoas ficam loucas: há miúdas de 18 anos a puxar do lip gloss e a usarem-no como faca, jovens de gorro a usarem o iPod como arma de arremesso, e eu sem dar por ela, levo com uma cerveja nos cornos.

Claramente a fúria dos jovens desempregados e sem dinheiro não está nas ruas. Está nas filas paras os convívios de medicina.